No dia 24 de Julho do ano corrente, alguns dias após 'inauguração' de nosso blog, enviamos o link do mesmo(Através do Facebook de um de nossos jovens.) para que alguns irmãos pudessem ver e saber das ações que nós estamos realizando para glória de Deus aqui na AD em Açucena II, inclusive para alguns missionários de nossa igreja, mesmo sabendo da quantidade de ocupação que eles têm, porém gostaríamos que eles soubessem que nessa pequena igreja existem irmãos que oram por missões!
Qual foi a nossa surpresa, no dia 30 de Agosto recebemos essa mensagem:
Algumas semanas depois recebemos da irmã Mísia Carvalho, em nosso e-mail, um belíssimo testemunho de fé, relatando a história da conversão da irmã Cadi. Leia a seguir :
"O
trabalho da nossa Missão no continente foi iniciado no ano de 2006,
precisamente no mês de maio, num bairro chamado Zona Sete, em Bissau. Este bairro é muito
miscigenado em termos de raças, mas, predominantemente estão lá as etnias
Pepeis, Mandjacos e Bijagós. Não posso me deter aos detalhes de como tudo
aconteceu, até porque o objetivo deste espaço é para relatar o testemunho de
conversão da irmã Cadi Djaló, uma jovem senhora da etnia Fula, que reside
próxima a nossa igreja.
Observávamos
que aquela senhora freqüentava os cultos com regularidade, mas nunca havia
feito uma decisão formal e pública ao lado de Jesus. Continuávamos orando por
ela e por muitos ouvintes que lotavam o salão de culto quando o trabalho
começou. Muitos eram apenas curiosos, pois antes de se instalar igreja, o
objetivo da construção daquele salão teria sido para fins comerciais e de
lazer, ou seja, um pequeno cinema – à moda da Guiné.
Em
meados de novembro de 2006, num fim de tarde de domingo. Alguns irmãos haviam
saído para a evangelização e eu fiquei na igreja, ensaiando as crianças para o
que seria nosso primeiro culto de Natal em Bissau. O ensaio terminara e eu estava sozinha no
templo. Qual foi minha surpresa em
ver Cadi entrar e pedir pra conversar. Suas primeiras palavras foram as seguintes:
“O grupo de evangelização passou perto da
minha casa, eu perguntei e eles me informaram que você estava aqui. Eu vim
porque preciso conversar. Quero saber se alguém pode se converter à Cristo em
segredo, sem falar nada pra ninguém. Eu quero aceitar Jesus, mas ninguém poderá
saber que eu me tornei uma crente.”
Aproveitando
a oportunidade, expliquei-a que ela não precisava fazer uma decisão pública,
poderíamos orar juntas ali mesmo, apenas as duas, sem que ela tivesse que
contar nada pra ninguém. Contudo, era preciso saber que quando uma pessoa
aceita Jesus sua vida muda e esta mudança é tão profunda, que não dá pra
esconder. Mais cedo ou mais tarde alguém saberia e caso ela fosse questionada
sobre sua fé, não poderia mentir, mas assumir que era uma crente. Perguntei-a
por que teria que manter este assunto em segredo, foi então que entendi.
“Meu marido está em Portugal. Toda a
família dele é ligada à feitiçaria, minha sogra tem parte com estas coisas de
maneira muito forte, e mesmo daqui da Guiné ela consegue controlar todos os
passos do meu marido lá e ele atende a tudo que sua mãe o orienta a fazer. Eu
sei que Deus tem algo na minha vida. Agora eu tenho certeza que preciso entrar
no caminho de Cristo. Já faz muitos meses que eu venho a esta igreja, escutei e
entendi os ensinamentos bíblicos que o seu esposo tem dado, mostrando que o
poder de Deus é maior que o poder dos demônios. Minha sogra trouxe um Irã
(ídolo de madeira, demônio) e colocou dentro da minha casa, e eu tenho que
colocar bianda (arroz) e água pra ele todos os dias. Muitas coisas acontecem
naquela casa e eu tenho medo às vezes. Mas de uns tempos pra cá, desde que
comecei a ouvir e entender as pregações, tenho tido visões em sonho que me
fazem entender que eu preciso de Deus. Antes desta igreja abrir aqui na Zona
Sete, eu sonhei que uma multidão de pessoas corria nesta estrada e dentre elas
eu só conhecia uma vizinha que é crente. Eu não sabia para onde estava indo,
mas comecei a correr também ao lado deles, um pouco à margem da multidão. De
repente um homem de branco apareceu na estrada e me colocou no meio daquele
grupo. Continuamos correndo e todos nós entramos num salão, onde aquele homem
de branco havia entrado primeiro. Não demorou muito, percebi que estavam
reformando esta casa que devia ser cinema e passou a ser uma igreja. Comecei a
vir aos cultos, comecei a orar sozinha, mesmo sem saber direito. Não tinha
coragem pra me decidir por medo do meu marido, da minha sogra e da minha
família que é muçulmana. Aos poucos Deus me deu coragem e eu já não sentia
vontade de servir comida para o Irã que está lá em casa, eu não sentia vontade
nem de passar perto dele e se eu pudesse botaria fora, mas não posso. Esta
semana minha sogra veio e quando percebeu que eu não estava cumprindo minhas
obrigações com aquele Irã, fez-me muitas ameaças dizendo que meu marido me
largaria, e que eu iria morrer caso não respeitasse os compromissos da tradição.
Ela tem um chifre, um Irã pessoal, que leva para onde vai; não se separa dele
nem pra dormir. Quando vem nos visitar, dormimos juntas na mesma cama. Depois
daquele dia difícil, pouco antes de dormir eu falei com Deus em pensamento dizendo:
Deus se é verdade que tu tens todo o poder; se tu me amas e queres que eu siga
o caminho de Cristo, então eu te peço: não deixe este Irã subir na minha cama.
Eu não quero dormir com ele. Não sei como o Senhor vai fazer, pois a mãe do meu
marido já está se preparando para dormir, ela não volta mais hoje e nem se
separa deste seu chifre. Orei só em pensamento e fiquei aguardando. Para meu
espanto, vi minha sogra sentar na cama com o irã na mão e quando ia deitando,
inexplicavelmente, sua mão se abriu e aquele irã caiu no chão ao lado da cama e
ela não percebeu nada. Virou e dormiu até o outro dia. Eu fiquei calada
observando, mas meu coração estava cheio de alegria porque entendi que Deus me
escutou e respondeu. Pela manhã minha sogra acordou procurando o seu Irã, perguntando
se fui eu quem lhe tirou o ídolo das mãos e deixei-o fora da cama no chão. Eu
expliquei que deitamos na mesma hora e não tornei a levantar. Ela ficou tão
confusa, devia ficar conosco por mais dois ou três dias, mas acabou por se ir
embora e não voltou. Por isso vim aqui para receber a oração, quero ser uma
crente em Jesus. Sei
que Deus me ama e quero aceitar Cristo como Salvador, mas preciso que esta
decisão fique ainda entre nós, pois sei que vou sofrer muita perseguição por
parte de vizinhos e familiares que vão tentar contar ao meu marido, e vai nos
causar muitos problemas.”
Ouvir
aquelas palavras trouxe muita alegria ao meu coração. É lindo ver o Espírito
Santo de Deus trabalhando para alcançar uma vida. Aleluia! Naquele momento, dei-lhe
alguns conselhos e orientações, oramos juntas e Cadi Djaló recebeu a Cristo
como seu Salvador.
Foi
tão profunda aquela experiência, que se tornou impossível para Cadi esconder a
luz de Cristo que passou a brilhar em sua vida. Com apenas um mês de convertida
ela começou a trazer pessoas para aceitar Jesus. Parentes e vizinhos. Era muito
interessante o método que ela usava para evangelizar. Depois que dava
testemunho de sua fé e percebia que a pessoa também desejava se converter, ela
dizia: “Você pode fazer como eu; aceitar
a Jesus, receber a oração e não contar nada pra ninguém.” Assim, com pouco
mais de um ano de convertida, Cadi já trouxe cerca de dez vidas aos pés do
Senhor Jesus. A maioria destas pessoas continua firme congregando conosco e uma
delas já partiu para o Senhor.
Realmente,
é impossível nascer de novo e ficar calado! É impossível conhecer Jesus e
tentar fingir ser a mesma pessoa! Tem que haver mudança tem que existir a
vontade incontrolável de compartilhar, de transferir aquilo que se recebeu
graciosamente das mãos do Senhor – esta tão grande Salvação!
Em
fevereiro de 2007, a
irmã Cadi Djaló foi batizada nas águas, juntamente com três de seus filhos na
fé; por ocasião da primeira visita do nosso Presidente, Pr. Ailton José Alves,
ao campo em Guiné-Bissau. Hoje,
ela já conseguiu assumir sua fé em Cristo diante de toda sua família, e também
para o esposo que permanece trabalhando em Portugal. Cadi Djaló
tem sofrido muitas perseguições e ameaças, ataques do inimigo de todas as ordens
mas sua fé tem se mantido firme e inabalável.
Irmã Cadi |
Una-se
a nós nesta batalha espiritual. Interceda para que
Deus
honre a fé desta valorosa mulher e salve seu esposo,
e
toda a sua família.
Pb.
Nelson da Costa
Mísia
Carvalho da Costa
Missionários da AD – Recife/PE
A missionária Mísia Carvalho disse ainda que irá enviar seu testemunho de missão!Ficaremos ansiosos no aguardo, certo?
Fiquem na paz queridos e continuem orando pelos missionários e pelos jovens aqui da AD em Açucena II!
História de vaso para edificação do povo de Deus!!
ResponderExcluireu me edifiquei com as esse testemunho. glória a Deus por isso!!!
ResponderExcluirChorei, muito lindo!
ResponderExcluirGlória e honra pra Jesus, é Ele que nos proporciona essa mudança de vida, é Ele que nos dá uma nova vida, é Ele que nos desvia do mal.
Deus é Lindo! Glórias a Ele
ResponderExcluir"A minha mão estendida está. Quem, pois, fará voltar atrás."
ResponderExcluirDeus ainda é o mesmo. Ele trabalha às vezes no palco e às vezes nos bastidores. Mas tudo acontece da maneira co ele projetou. Glórias a Ele eternamente, amém.
ResponderExcluirComo é maravilhoso ler estas palavras!!
ResponderExcluirTestemunho de fé!!
"Não se pode esconder uma cidade edificada..."